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25 de abr. de 2018

Temas e Distintivos Anuais da UEB

Uma curiosidade que muitos do movimento escoteiro tem é sobre o tema anual e o listel que se usa no uniforme, quem não se perguntou em que ano esta tradição começou? Que tema veio antes do deste ano? Pois trago aqui a lista de distintivos e temas anuais desde sua criação:

ANO
LISTEL
TEMA
1973
 
"CAIO VIANA MARTINS"
1974
"50 ANOS DE UEB"
1979
 
"ANO INTERNACIONAL DA CRIANÇA"
1980
"70 ANOS DO ESCOTISMO BRASILEIRO"
1981
"35 ANOS DO RAMO SÊNIOR"
1982
"125 ANOS DO NASCIMENTO DE B-P"
1983
"75 ANOS DO ESCOTISMO MUNDIAL"
1984
 
"60 ANOS DA UEB"
1985
 
"75 ANOS PELA JUVENTUDE ESCOTISMO BRASILEIRO"
1986
 
"70 ANOS DO LOBISMO MUNDIAL"
1987
 
"80 ANOS DO ESCOTISMO MUNDIAL"
1988
"80 ANOS DO ESCOTISMO PARA RAPAZES"
1989
"75 ANOS DA ABE"
1990
"80 ANOS DO ESCOTISMO BRASILEIRO"
1991
"50 ANOS BADEN POWELL"
1992
"MEIO AMBIENTE NOSSA VIDA"
1993
"SOU UM EM 100 MIL"
1994
 
"UM SALTO PARA O FUTURO"
1995
"ONU 50 ANOS PELA PAZ"
1996
"LOBISMO 80 ANOS DE CRIAÇÃO"
1997
 
"UMA VISÃO MAIS AMPLA"
1998
"É TEMPO DE CRESCER"
1999
"CUMPRINDO A MISSÃO"
2000
 
"90 ANOS DE ESCOTISMO NO BRASIL"
2001
 
"SOMOS TODOS IRMÃOS"
2002
"ESCOTISMO PARA TODOS"
2003
 
"POR UM MUNDO MELHOR"
2004
 
"80 ANOS: ESCOTEIROS CONSTRUINDO A PAZ"
2005
"AÇÃO NA COMUNIDADE"
2006
 
"ESCOTISMO RUMO AOS 100 ANOS"
2007
"100 ANOS DE ESCOTISMO"
2008
 
"ANO INTERNACIONAL DO PLANETA TERRA"
2009
 
"ESCOTISMO DE INCLUSÃO"
2010
 
"CENTENÁRIO DO ESCOTISMO NO BRASIL"
2011
 
"SIMPLESMENTE ESCOTISMO"
2012
 
"MUITAS ORIGENS UM SÓ PAIS"
2013
"ÁGUA: O MUNDO QUE QUEREMOS"
2014
"TERRA: CONSTRUINDO O MUNDO QUE QUEREMOS"
2015
"MOVIDOS PELO ESCOTISMO"
2016
 
"DIVERSIDADE QUE NOS UNEM"
2017
"ESCOTISMO & DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL"
2018
 
"ESCOTISMO: EDUCAÇÃO PARA A VIDA"

24 de ago. de 2015

Você sabia?


   O Aperto de Mão Escoteiro, feito usando a mão esquerda,tem origem nas tribos indígenas da África. Em 1895 BP estendeu a mão direita ao Chefe de uma tribo Africana, como de costume na Europa. Mas para a surpresa de Baden-Powell, Prepeh, o líder da tribo, lhe estendeu a mão esquerda e disse: “Senhor, em minha terra os guerreiros mais bravos cumprimentam-se com a mão esquerda, largando para isto o escudo”.

   Desde então esse cumprimento é utilizado por Escoteiros ao redor do mundo demonstrando que todos somos irmãos e aliados 

5 de ago. de 2015

A história do Kim

   O Livro
   Um bom exemplo daquilo que um Escoteiro pode fazer encontra-se na história do Kim, da autoria de Rudyard Kipling. 
   Kim, ou, para lhe darmos o nome completo, Kimball O’Hara, era filho de um sargento de um regimento
irlandês da Índia. O pai e a mãe morreram quando era criança e ele ficou entregue aos cuidados de uma tia.
   De companheiros só tinha rapazes indígenas e pode, assim, aprender a falar a língua deles e a conhecer todos os seus costumes. Ele e um velho sacerdote ambulante tornaram-se grandes amigos e juntos percorreram todo o norte da Índia. Um dia, Kim encontrou por acaso o antigo regimento do pai, em marcha, e quando fazia uma visita ao acampamento foi preso por suspeita de furto. Encontraram-lhe a certidão de nascimento e outros documentos e o pessoal do regimento, vendo que ele lhe pertencia, tomou conta dele e mandou-o educar. Mas, todas as vezes que conseguia ir passar férias
fora, Kim vestia-se à moda indiana e andava entre os indígenas como se fosse um deles.
   Passado tempo conheceu um certo Lurgan, negociante de jóias antigas e de curiosidades, o qual, devido ao conhecimento que tinha dos indígenas, pertencia aos serviços de informação governamentais. Este homem, descobrindo que Kim conhecia tão bem os hábitos e costumes indígenas, viu que ele poderia vir a ser útil aos serviços de informação. Deu-lhe por isso lições sobre a maneira de observar e fixar pequenos pormenores, coisa muito importante na preparação de um explorador.


   Preparação de Kim
   Lurgan começa por mostrar a Kim uma salva cheia de pedras preciosas de variedades diferentes. Deixou-
lhas ver durante um minuto, depois cobriu-as com um pano e perguntou-lhe quantas e que qualidade de pedras vira. A princípio Kim não conseguia lembrar-se senão de algumas, e não sabia descrevê-las com exatidão, mas com alguns ensaios não tardou a fixar tudo muito bem. E o mesmo se fez com muitas espécies de objetos.
   Por fim, depois de ter aprendido muitas outras coisas, Kim foi nomeado agente do serviço secreto, e recebeu uma senha secreta – a saber, um medalhão ou distintivo para trazer ao pescoço e uma curta frase que, dita de certo modo, indicava que ele pertencia ao serviço.

   Kim nos Serviços Secretos
   Uma vez que Kim viajava de comboio encontrou um indígena que estava muito ferido na cabeça e nos braços. Explicou ele aos outros passageiros que tinha caído de uma carroça quando se dirigia para a estação. Mas Kim, como bom observador, notou que os ferimentos eram fundos e não apenas esfoladelas, como seriam se tivesse caído do carro, e não acreditou. Enquanto o homem apertava a cabeça com uma faixa, Kim reparou que ele trazia um medalhão como o seu, que por isso lhe mostrou. O homem introduziu logo na conversa algumas palavras secretas e Kim respondeu com os devidos termos. O desconhecido retirou-se depois com Kim para um canto e explicou-lhe que estava a desempenhar uma missão secreta, e fora descoberto e perseguido por inimigos que quase o mataram. Provavelmente sabiam
que ele ia no comboio e, portanto, iriam telegrafar aos amigos ao longo da via férrea para preveni-los da sua ida. Precisava de comunicar certa informação a um oficial da polícia e evitar que os inimigos o apanhassem, mas não sabia como havia de conseguir, se estes estivessem já prevenidos da sua vinda. Kim resolveu o problema.
   Há na Índia muitos mendigos sagrados que vagueiam pelo país. São tidos por muito santos e toda a gente os ajuda e lhes dá esmolas e de comer. Andam quase nus, cobrem-se de cinza e pintam na cara certos sinais. Kim lembrou-se, por isso, de disfarçar o homem de mendigo. Para isso, misturou farinha e cinza que tirou de um cachimbo, despiu o amigo e esfregou-o todo com a mistura. Também lhe aplicou nas feridas, de modo que estas não se notavam. Finalmente, com o auxílio de uma
pequena caixa de tintas que trazia consigo, traçou-lhe na testa os sinais apropriados, e puxou-lhe o cabelo para baixo, para lhe dar o aspecto desgrenhado e sujo do de um mendigo e cobriu-o de pó, de modo que a própria mãe não seria capaz de reconhece-lo disfarçado.
   Dali a pouco chegaram a uma grande estação. No cais descobriram o oficial da polícia a quem se devia fazer a comunicação. O mendigo disfarçado foi de encontro ao oficial, que o descompôs em inglês. O mendigo respondeu-lhe com um rosário de insultos na língua indígena, no meio dos quais introduziu as palavras secretas. O oficial logo percebeu por elas que o mendigo era um agente. Fingiu que o prendia e levou-o para a esquadra policial, onde pode lhe falar à vontade e ouvir o que ele tinha a dizer-lhe.
   Mais tarde Kim conheceu outro agente dos serviços – indígena educado – e pode
prestar-lhe valioso auxílio na captura de dois oficiais que faziam espionagem. Estas e outras aventuras de Kim merecem bem ser lidas, porque mostram quais os valiosos serviços que um jovem explorador pode prestar ao seu país em ocasiões de emergência, se estiver devidamente preparado e for suficientemente inteligente.

   O Jogo do Kim
   Colocam-se vinte ou trinta objetos pequenos numa mesa ou até no chão, tais como dois ou três tipos de botões diferentes, lápis, rolhas, farrapos, nozes, pedras, facas, cordel, fotografias – o que se puder encontrar – e cobrem-se com um pano ou casaco. Faça-se um lista destas coisas e uma coluna em frente desta lista para as respostas de cada jovem.
   Depois descobrem-se os objetos durante um minuto marcado pelo relógio, ou enquanto se conta lentamente até sessenta. A seguir cobrem-se outra vez. O chefe retira-se depois com um rapaz de cada vez, que lhe enumera em voz baixa os objetos de que se lembra – ou manda-o escrever os nomes – que se apontam na folha do registo. O jovem que se lembrar de mais é o vencedor.

Extraído do livro "Escotismo para Rapazes", de Lord Baden-Powell