Naquela época eu não sabia como minha vida havia se transformado por aquilo. Parecia uma aventura totalmente diferente! Fiz muitos amigos, vivi muitas histórias sensacionais, quando conto as vezes nem acreditam. Dormi em pé, dormi na chuva, dormi com barulho de trens passando e foi as melhores experiências e histórias. Visitei aldeia indígena, subi montanhas, fiz jornadas, renovei promessa dentro de túneis escuros, conheci lugares, pessoas e muito mais! Se isso não me transformou, toda essa experiência, o que mais poderia me mudar?
Hoje em dia sou chefe escoteiro, "adulto voluntário" como dizem. Para mim o ponto central é conversar e escutar os jovens. B.P. fazia isso, o Seu Inocêncio Pedroso fazia isso, meus chefes André e Ovídio me escutavam, agora eu retribuo escutando. E "conversando fiado", eles vão me ouvindo e vão se transformando. Eu tento passar as coisas positivas como me ensinaram.
Quando criança não entendia porque os outros jovens não eram escoteiros, era tão bom para mim. E até hoje, sigo não entendendo porque os jovens e pais não veem o escotismo como um ambiente construtivo e transformador. Espero que no futuro consigamos mudar isso e termos muito mais escoteiros!
O Grupo Caetés faz parte da minha vida, minha família toda fez parte e sinto muita vontade de continuar essa história. Para ajudar eu tento buscar inspiração no passado, descobrindo partes desta história para preservar para o futuro. Sempre Alerta!”
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